quinta-feira, 27 de julho de 2017

Retrato - Autorretrato - Autorretrato e arte - Autorretrato com Frida Kahlo



Disciplina: Arte
Conteúdo: Retrato e autorretrato.
Objetivo: Conhecer  a característica da autorretatação e desenvolver a criatividade.
Desenvolvimento: Expor para os alunos o conceito e história da autorretratação.
É comum encontrar em textos referentes à autorretratística, a afirmação de que a produção de autorretratos é presente na antiguidade clássica. Cita-se constantemente o escultor Fídias, do século V a.C., o qual teria deixado no Partenon, em Atenas, sua imagem esculpida; antes, no Antigo Império Egípcio, um certo Ni-ankh-Phtah, teria deixado sua fisionomia gravada em monumento, ou ainda, considera-se eventualmente, que em culturas pré-literárias já havia quem os produzisse.

Mostrar alguns autorretratos da escritora e pintora Mexicana Frida Kahlo Querido. Dela são conhecidos os seus  50 autorretratos.

Após mostrar alguns dos seus autorretratos, contar a  história referente ao autorretrato O veado ferido.

Frida Kahlo - O Veado Ferido

Frida Kahlo (México, 1907-1954)
O Veado Ferido, O Veadinho ou Eu Sou Um Pobre Veadinho, 1946
Óleo sobre masonite, 22,4 x 30 cm
Coleção Particular

A pintura de Frida Kahlo foi ímpar, à imagem da sua vida. Todo o seu percurso de vida foi marcado pela dor física resultante de um terrível acidente sofrido em criança assim como das agonizantes cirurgias a que foi sendo sujeita durante décadas. Pintar tornou-se desde muito cedo o seu único paliativo, o seu refúgio mais querido. Que mais poderia pintar uma jovem que, além de acamada, se via forçada a permanecer imóvel, senão a sua própria figura? E que outra coisa podia ela retratar senão a sua própria dor? É difícil encontrar em toda a história da pintura tamanha honestidade e frieza na representação da dor humana.

Frida, após mais uma infrutífera e dolorosa operação à coluna, faz-se representar como um veado em “O Veado Ferido” ou “Eu Sou Um Pobre Veadinho”. O estilo é simples.  O veado é surpreendido na floresta por caçadores invisíveis, e é transpassado por 9 flechas certeiras. Da seta no pescoço jorra sangue em abundância, mas isso não parece impedir o veado de prosseguir a sua fuga. O relâmpago ao fundo e o galho quebrado, em primeiro plano, conferem dramatismo à cena.

É possível fazer um paralelismo entre o veado ferido de Frida e a iconografia do martírio de São Sebastião. São Sebastião é tradicionalmente representado cravejado de flechas e manietado a uma coluna ou a um madeiro. Ao invés do Santo, o veado/Frida aparenta estar livre. Mas esta não é uma verdadeira liberdade: a referência à coluna subentende-se na patologia da própria artista e o labirinto de árvores aprisionam-na e impedem a sua fuga.

O veado é Frida, a vítima impotente. O seu olhar é impassível e absorto, como se já nada importasse. Sempre me impressionaram as cenas de caça em que o carnívoro abocanha ferozmente a sua presa. E a face da vítima é sempre de resignação. Sabe que vai morrer, sente o odor do próprio sangue, a força irresistível do predador, o fim inexorável que chega. A luta termina quando a presa compreende o seu destino e obedece, silente, à lei natural que a domina.

Atividade:
Entregar o rosto impresso dos alunos para que os mesmos façam um autorretrato seu demonstrando artisticamente suas forças, fragilidades, etc, fazendo uma releitura da obra analisada.

 Amei o resultado.
Parabéns pequenos.


















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